Cientistas e pesquisadores brasileiros encontraram um forma de armazenar em cavernas salinas em alto-mar o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), que são emitidos no processo da exploração do petróleo no pré-sal. A tecnologia permitirá reduzir o impacto ambiental com a emissão desses gases, que são causadores do efeito estufa e das mudanças climáticas antrópicas (que são causadas por meio das atividades humanas).
Países como Canadá, Estados Unidos e Alemanha, já utilizam esse método para armazenar gás natural (CH4) e outros hidrocarbonetos. China já começou a investir nesta tecnologia. Entretanto, armazenar CO2 em cavernas salinas offshore em águas ultra profundas é novidade. O Brasil está sendo pioneiro.
O método, que se encontra ainda em fase conceitual, foi concebido pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), baseado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e financiado pela FAPESP e a companhia anglo-holandesa Shell, segundo pesquisa de conteúdo da FAPESP.
No final do segundo semestre de 2019, o trabalho foi premiado como um dos vencedores da categoria de Inovação Tecnológica, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela Agência.
Os cientistas e pesquisadores responsáveis pelo projeto esperam comprovar o conceito na prática, com a perspectiva de construção de uma caverna experimental no Campo de Libra, na bacia de Santos.