Foto: Royal Ontario Museum/McMaster UniversityUm estudo publicado na revista The Lancet Oncology, no dia 3 de agosto, evidencia a existência de câncer na fíbula de um dinossauro. A pesquisa é resultado da análise do Museu Real de Ontário em parceria com a Universidade Mcmaster, ambos localizados no sul do Canadá. Com isso, será possível agora investigar a evolução dessa e de outras doenças.
As investigações começaram em 2017 quando David Evans, diretor de vertebrados do Museu, descobriu algumas características incomuns na fíbula de um Centrossaurus Apertus, animal que viveu há cerca de 76 milhões anos. A espécie havia sido analisada em 1989 e os resultados apontavam para uma fratura não cicatrizada. Porém, para o especialista, havia alguma informação errada. “Minha equipe reconheceu que o osso malformado era incomum e que eles precisariam dar uma pausa e fazer uma análise mais detalhada”, disse o cientista.
O osso do animal foi então levado para uma tomografia computadorizada com tecnologia em 3D e, depois, comparado com o osso de um ser humano com câncer e o osso de outro dinossauro saudável da mesma espécie. Após os resultados, o diagnóstico de osteossarcoma, ou câncer no osso, foi dado. “A maioria dos cânceres se manifestam em tecidos moles, e muito raramente se fossilizam, o que torna essa amostra muito especial”, explica Evans.
Para os cientistas, essa nova descoberta ajuda a compreender que por maiores e mais poderosos que pareçam os dinossauros, eles foram afetados por muitas doenças que vemos hoje em seres humanos e outros animais. A análise da evolução de doenças como câncer ganha agora mais detalhamento.
