A vacina conseguiu estimular a produção de células raras do sistema imunológico. Essas células são capazes de iniciar o processo de produção de anticorpos amplamente neutralizantes, ou bnAbs, que possuem a capacidade de atingir vírus que sofrem mutações rápidas.
Essa etapa dos testes teve a participação de 48 adultos, com idade entre 18 e 50 anos, todos HIV negativos. As doses foram administradas com adjuvantes ou placebo, três vezes, aos 0, 2 e 6 meses. Como resultado dessa fase, 97% dos vacinados desenvolveram resposta imune.
“Com nossos muitos colaboradores na equipe de estudo, mostramos que as vacinas podem ser projetadas para estimular células imunes raras com propriedades específicas, e essa estimulação direcionada pode ser muito eficiente em humanos”, declarou William Schief, PhD, professor e imunologista da Scripps, em um comunicado à imprensa.
Estudos clínicos adicionais buscarão refinar e estender a abordagem. Em parceria com a empresa de biotecnologia Moderna, os pesquisadores pretendem desenvolver e testar uma vacina baseada em RNAm e que estimule as mesmas células imunológicas.
Os pesquisadores também acreditam que essa abordagem possa ser ampliada e combater outros diferentes vírus, como gripe, dengue, zika, vírus da hepatite C e malária.