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28/05/2021 às 20h34min - Atualizada em 28/05/2021 às 19h32min

Variante de origem Indiana ascende alerta no Brasil

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 é classificada como um tipo "digno de preocupação global".

Pedro Ferreira - Editado por Maria Paula Ramos
Foto: Pilar Olivares / Reuters
O ministério da saúde detectou o primeiro caso da variante de origem indiana no último dia (20) de maio no Estado do Maranhão. A organização mundial da saúde (OMS) classifica essa cepa como ‘preocupação global’, uma vez que especialistas consideram ser mais transmissível e pode estar relacionada ao aumento de casos de covid-19 na índia.
Brasil em alerta


Segundo o ministério da saúde, o Brasil possui casos confirmados da variante de origem indiana denominada pela OMS de B.1.617. Seis casos em São Luiz (MA) onde foram detectados os primeiros casos em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao Maranhão em 14 de maio. Outro caso foi confirmando no Rio de Janeiro. O último caso foi confirmado em Juiz de Fora (MG), de um brasileiro que chegou da Índia de avião em São Paulo e foi de carro até a cidade mineira.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde anunciou sábado, 22, de maio a criação de barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e grandes rodovias. Como também o enviou de 600 mil testes rápidos de antígeno ao Maranhão, onde houve confirmação de seis pacientes com a nova cepa até o momento. Outras 2,4 milhões de unidades serão destinadas aos demais Estados, com foco principalmente em áreas de fronteira e terminais com grande fluxo de passageiros. Cabe destacar que Fiocruz fez uma alerta sobre a piora da pandemia no Brasil.

Variante Indiana


Essa variante  que está sendo estudada, foi descoberta há quase oito meses, foi classificada pela a OMS como 'perigosa' pelo alto índice de transmissão, como também pelo fato de poder prejudicar o processo de vacinação. Além disso, a B.1.617 pode estar ligada ao crescimento de casos de mortes e contaminados no país. 
                    
De acordo com o G1, a variante apresenta três versões, com variações sendo elas B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3. Como também, mutações no genes que codificam a espícula - proteína que fica na superfície do vírus - responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção. Há o temor de que a B.1.617 seja mais transmissível em comparação com as outras versões.

 
Em entrevista à rádio bandnews FM, à dra Margareth Dalcolmo, pneumologista da escola nacional de saúde pública da Fiocruz, relata que a variante é mais transmissível, mas, não estar relacionado a casos mais graves de covid- 19, e que é necessário mais estudos sobre.
 A especialista destaca que a vacinas presentes no Brasil podem proteger dessa nova variante. “Até o momento nós sabemos que as vacinas que estão em uso no Brasil são capazes de proteger contra todas as variantes de preocupação”, afirma.


Para Milton Monteiro Júnior, enfermeiro infectologista SCIH do Hospital HSANP, o surgimento de novas variantes é preocupante, e uma possível terceira onda de casos de covid-19 pode agravar a saúde e a situação financeira do mundo, com os isolamentos sendo retomados. O especialista ressalta que a logística de imunização no Brasil é um desafio, torna-se muito mais difícil, devendo garantir a primeira dose e fabricação da segunda no tempo correto.
“Se não conseguirmos imunizar o máximo de pessoas diariamente, uma nova fase da pandemia poderá surgir e retrocederemos as evoluções para finalizar a pandemia”, relata Milton Monteiro.

 

Fontes: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/05/10/oms-classifica-variante-indiana-da-covid-19-como-preocupacao-global.ghtml
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