“Foi através da pandemia que a equipe de nossa Pascom aumentou em número de agentes, devido a grande demanda de transmissões das missas. Em nossa paróquia, por exemplo, mantivemos as três missas diárias celebradas, mesmo com as portas fechadas. Todas transmitidas por nosso Facebook e YouTube. Podemos dizer que, literalmente, a Pastoral da Comunicação foi a única pastoral que não parou com os trabalhos durante a pandemia, muito pelo contrário!” relata o ‘pasconeiro’ ao refletir no impacto que a pandemia provocou na pastoral.
Enquanto de um lado há os membros da comunicação que não pararam em momento algum, do outro há os paroquianos que se viram perdidos ao não poderem ir à Santa Missa nem participar das demais atividades em suas paróquias.
Primitivamente, os cristãos perseguidos se reuniam em pequenos grupos, em grutas, e, às vezes, apenas entre pais e filhos com a finalidade de professarem sua fé. Assim, o termo Igreja doméstica tem o objetivo de incentivar as famílias, ou pessoas que residem na mesma casa, a se unirem para celebrar o mistério que aconteceria nas igrejas - embora não seja possível vivê-lo verdadeiramente em casa, é um modo de ajudar a não se perder no caminho espiritual.
“A igreja doméstica é o corpo amplo da igreja institucional (...) a família é uma igreja doméstica: o que se ensina na igreja deve ser o que se ensina em casa (...) e as mídias tornaram-se ferramentas essenciais, ajudando a fazer uma quebra de paradigmas de como seremos igreja a partir de agora" afirma o Padre Cristóvão, SVD.
“Ou seja, ter a humildade de “descalçar as sandálias” diante dessa “terra santa” para, em primeiro lugar, conhecer e compreender as novas modalidades de relação e de comunicação que vão surgindo nesse ambiente, a fim de que a Igreja possa dialogar com a sociedade contemporânea a partir dessas novas linguagens e práticas.”
“Atualmente, aproveito os momentos online quando não posso participar presencialmente (...) alguns momentos de oração que antes ao fazer sozinha não chegava até o fim, mas, na mídia, de certa forma, não nos sentimos sozinhos. o que motiva a terminar a oração.” relata Severina sobre a importância da mídia em sua vida espiritual.
A tendência agora é investir cada vez mais em formações, transmissões e formas de abranger mais o meio digital, a fim de que o Evangelho seja anunciado da melhor maneira e, assim, alcance um número cada vez maior de pessoas. Todavia, por mais que tal modo de evangelizar seja necessário, vale frisar que não é o suficiente. Melhor dizendo, aproveitar as oportunidades que o meio digital oferece de propagar o Evangelho de forma rápida e prática é essencial, porém é preciso usá-lo com sabedoria e lembrando do que o Santo Padre, o Papa Francisco, nos diz: “nós, cristãos, não temos um produto para vender, mas uma vida para comunicar”.
Referências:
“A família como Igreja doméstica e o legado pós-pandemia”. Diocese de Santo André, 2020. Disponível em: <https://www.diocesesa.org.br/2020/04/a-familia-como-igreja-domestica-e-o-legado-pos-pandemia/> Acesso em: 02/10/2021
PIRO, Isabela. “Comunicar em tempos de Covid-19: a força das redes sociais”. Vatican News, 2020. Disponível em: <https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-09/redes-sociais-covid-19-comunicacao-evangelizacao.html> Acesso em:03/10/2021
ROSOLEN, Nayara. “Pandemia acelerou o contato da Igreja por meio das mídias sociais”. Central de Notícias Uninter, 2020. Disponível em: <https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-09/redes-sociais-covid-19-comunicacao-evangelizacao.html> Acesso em: 03/10/2021
“Igreja doméstica na pandemia”. Arquidiocese de Vitória, 2021. Disponível em: <https://www.aves.org.br/igreja-domestica-na-pandemia/> 02/10/2021
OLIVEIRA, Inês. “Igreja doméstica, redes sociais e pandemia: estudo de caso da Arquidiocese de Juiz de Fora”, 2021. Acesso em: 06/10/2021