Uma prática que vem de milénios e passando de geração em geração, o uso das plantas como folhas e raízes para tratamento e cura de algumas enfermidades continua em ciclo. A medicina avançou de forma surpreendente na saúde e na estética, e há quem diga que esses avanços só foram permitidos com o entendimento e sabedoria que foi adquirida no passado. Pode-se dizer que tudo começou na pré-história com os primatas, que consumiam algumas raízes por instinto. Registros antigos encontrados por arqueólogos comprovam que algumas ervas eram usadas como medicamentos, principalmente pelos povos orientais, que de uma única planta conseguiam absorver óleos essenciais, substâncias aromáticas e até venenos, que eles julgavam como expansores da mente.
Os gregos também são grandes contribuintes para a farmacologia. Intitulado como Pai da medicina, Hipocrátes escreveu em 400 a.C. uma obra que ficou conhecida como “Corpus Hipocraticum” onde falava sobre o poder de cura a partir dos vegetais, ressaltando a importância de uma alimentação natural que serviria como base para o tratamento de doenças. A forma de lidar com certos acontecimentos e usar as ervas como aliadas, não era tão bem-vistas em alguns casos, porque eram facilmente associadas a práticas de magias e rituais.
A China também possui um grande conhecimento em medicina tradicional/natural, há cerca de dois mil anos atrás foi publicado o primeiro livro de ervas medicinais, com aproximadamente 365 espécies de plantas diferentes, todas foram catalogadas com o intuito de perpetuar o ensino contínuo em relação a esse tipo de medicina. O curioso é que dentre essas espécies está a romã e o gengibre que foram considerados sagrados e empregados no combate de diversas moléstias. Também foram os chineses que fizeram a descoberta de 125 drogas que foram consideradas tóxicas em meio as plantas, fazendo com que o uso em excesso causasse a morte e pudesse gerar sequelas graves em que utilizou esse tipo de erva/raiz.