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26/05/2023 às 23h51min - Atualizada em 26/05/2023 às 23h24min

CBF contra o racismo: 8ª rodada do Brasileirão contará com manifestações nas partidas

Em uma das ações, atletas vão sentar no gramado por 30 segundos em apoio à campanha, após o árbitro autorizar o início da partida

Labelle Fernanda - labdicasjornalismo.com
CBF promove campanha contra racismo | Crédito: UOL Imagens

Após os desdobramentos do caso de racismo contra o Vinicius Jr. no último domingo (21) e manifestações de apoio ao jogador em todo o mundo, a oitava rodada, da série A, do Brasileirão contará com ações de combate ao preconceito. O anúncio da campanha foi feito pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e envolve a participação dos clubes, árbitros, atletas e artistas brasileiros.

 


A mensagem “Com Racismo Não Tem Jogo” será estampada nas blusas dos atletas, braçadeiras dos capitães, outdoor publicitários dentro dos estádios, moedas dos árbitros e nas bolas de jogo.  Além disso, um vídeo com a participação de diversos artistas e atletas brasileiros será transmitido no telão antes das partidas. A ação visa prestar apoio a Vini Jr., jogador do Real Madrid, promover conscientização e chamar atenção para os casos crescentes de racismo que vêm ocorrendo nos estádios, dentro e fora do Brasil.


A Confederação Brasileira de Futebol foi a primeira entidade de futebol do mundo a adotar medidas punitivas em seu RGC (Regulamento Geral de Competições) contra racismo, homofobia, preconceitos étnicos e de gênero ou qualquer outra discrimininação que afronte a dignidade humana. As punições envolvem  advertência, multa de até R$ 500 mil (com o valor a ser revertido em prol de causas sociais), impedimento de registro e transferências de atletas e perda de pontos no campeonato. 

 


Em coletiva realizada na última segunda-feira (22), Ednaldo Rodrigues comentou sobre o assunto: “Não se pode mais ficar sendo apenas solidário com as vítimas do racismo, tem que ter um comprometimento de todas as autoridades. Esse tipo de crime pode ser combatido com penas desportivas. A CBF foi a 1ª entidade que teve coragem em incluir no seu regulamento de competições penas desportivas para esse tipo de crime. Eu entendo que Conmebol, Uefa e Fifa têm também que fazer isso”, declarou o presidente em tom de protesto.

Nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro dois casos de preconceito chamaram atenção. O último foi na ‘Rodada 6’, no clássico entre Corinthians x São Paulo. A partida foi interrompida durante dois minutos pelo árbitro Bruno Arleu após cantos homofóbicos vindos da torcida do Corinthians. 
O outro foi na partida entre Athletico Paranaese x Flamengo, em que um jogador do Athetico foi visto fazendo gestos imitando um macaco em direção a torcida do Flamengo. O caso viralizou após divulgações nas redes sociais.


Em ambos os casos, os clubes declararam notas e os casos estão sendo investigados pela CBF.
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