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18/01/2020 às 11h51min - Atualizada em 18/01/2020 às 11h51min

Consumo Consciente: Novos Paradigmas para uma sociedade mais sustentável.

A prática de novos hábitos é o início para uma importante mudança que pode ajudar o meio ambiente e resinificar o ato de consumir.

Rita Souza
https://www.ecycle.com.br/6414-consumo-consciente e Podcast Café da Manhã - Folha de São Paulo de 13/12/2019. file:///C:/Users/randr/Downloads/PESQUISA%20AKATU%202018.pdf
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A cada ano que passa há mais manchetes e notícias sobre o meio ambiente e tudo que o envolve, queimadas na Amazônia, aquecimento global, enchentes, reciclagem e fontes de energia sustentáveis. Recentemente, a expressão “consumo consciente” vem sendo citada com mais frequência, logo, é necessário aprender mais sobre o tema.

A definição dele, ou seja, sua origem pura e simples, segundo o site eCycle, o consumo consciente é a percepção de que todo ato de comprar envolve, não somente o consumidor final, mas todo um processo que vai desde a produção de um produto/serviço até seu descarte final. Com isso, aquele que pensa em adquirir um bem, pode e deve refletir sobre a real importância desse ato, lembrando que essa ação vai gerar um impacto para quem compra, para a economia, o meio ambiente e a sociedade de modo geral.

Há alguns anos, a conscientização sobre a reciclagem, a diminuição da produção de lixo e o descarte correto está aumentando na sociedade. Houve a criação de espaços apropriados onde a população pode depositar objetos como: móveis velhos, resíduos de reformas e construções e demais materiais recicláveis, evitando assim que sejam jogados na rua e/ou em rios e córregos, o que acabaria causando enchentes.
 
O COMPARTILHAMENTO COMO NOVA PRÁTICA SUSTENTÁVEL
 
Uma outra forma de consumo consciente é o compartilhamento de produtos e serviços. Houve o surgimento de sites que se especializaram em comercializar itens usados, desde roupas até equipamentos. No campo dos serviços podemos citar como exemplo, empresas de transporte por aplicativo que disponibilizam viagens de passageiros desconhecidos entre si, mas que farão o mesmo itinerário.

Os brechós também são uma ótima opção de consumo consciente, já que vendem roupas e calçados usados, porém em bom estado de conservação e com preços bem populares.

O aluguel de roupas está no mercado há anos, impedindo que as pessoas comprem trajes para festas, que na maioria das vezes, serão usados apenas em uma única ocasião, como exemplo, vestidos de noivas, vestidos longos, ternos e fraques.
 
O COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS DIANTE DAS EXIGÊNCIAS DOS NOVOS CONSUMIDORES
 
Outra atitude que alguns compradores já têm é a de querer saber que métodos a empresa fornecedora utiliza para fabricar determinado produto, ou seja, se há uma preocupação com o meio ambiente, qual é matéria prima utilizada em seu processo e se existe alguma denúncia no que diz respeito ao tipo de mão de obra empregada, se escrava ou infantil.

Ao participar de um episódio do podcast Papo Empreendedor, da Folha de São Paulo, o diretor presidente do Akatu (Organização Não Governamental e sem fins lucrativos, que trabalha para a conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente), Helio Mattar, lembrou que o preço de produtos orgânicos e sustentáveis ainda assustam os consumidores por serem mais elevados, comparando com os convencionais, criando assim uma resistência por parte da população em adquirir tais itens.

 “O valor elevado de um alimento orgânico, por exemplo, está diretamente relacionado ao seu processo de cultivo e cuidado, que requer o uso de recursos mais caros e, além disso, são produzidos em uma escala menor”, explica Mattar.

Resta então, convencer o comprador de que o valor pago por um alimento orgânico - seguindo ainda o exemplo acima – se converterá em uma alimentação mais saudável e uma melhor qualidade de vida, o que acarretará menos gastos em possíveis medicamentos e tratamentos futuros. 
 
O ATUAL NÍVEL DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO
 
A pesquisa intitulada “Panorama do Consumo Consciente no Brasil: desafios, barreiras e motivações”, realizada pela Akatu em 2018, nas cinco regiões brasileiras, mostrou que 61% dos entrevistados não souberam dizer o que é um produto sustentável.

A Região Sul apresentou a maior porcentagem de consumidores conscientes, com 7%. O Sudeste, ao contrário, mostrou a maior porcentagem de consumidores indiferentes, com 49%.

O Norte/Centro-Oeste e Nordeste têm a maior proporção de iniciantes e engajados.

A pesquisa indicou ainda que entre os 39% que tem algum repertório sobre produto sustentável, a barreira principal é o preço dos produtos.

Um dado a ser comemorado é o aumento da porcentagem de consumidores conscientes considerados Iniciantes, ou seja, aqueles que estão dispostos a aderir a esse comportamento. De 32% em 2012 esse percentual saltou para 38% em 2018.
 

 A NATUREZA AGRADECE
 
É necessário que existam mais políticas públicas e privadas que divulguem a ideia do consumo consciente, a começar pelos governos, pelas comunidades e pelas grandes empresas.
A informação e o conhecimento são pilares fundamentais para essa mudança.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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