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31/07/2020 às 12h05min - Atualizada em 31/07/2020 às 11h30min

"Já olhou para uma pessoa e imaginou: o que se passa na cabeça dela?"

Conheça "Divertida Mente" e o que ele pode nos ensinar em tempos de pandemia

Juliana Barbosa - Editado por Bruna Araújo
Reprodução: Disney/Pixar
Posso te fazer uma pergunta? Você controla suas emoções ou elas te controlam?

Quais emoções são mais frequentes no seu cotidiano?

Está confuso? Calma, tudo logo vai ser esclarecido.

Se você não está familiarizado com o universo das animações cinematográficas, talvez tenha deixado passar batido o filme “Divertida Mente”.

Se você já se sentiu em um carrossel de emoções este filme é para você!

A produção de 2015 foi dirigida pelo diretor Pete Docter e conta a história de Riley, que após ter que se mudar de Minnesota para São Francisco, ambas cidades dos Estados Unidos, se vê em conflito interno ocasionado por suas emoções.

A história principal se desenvolve na cabeça da menina onde cinco emoções - Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho - vivem na sala de comando na mente de Riley e presenciam de camarote tudo que acontece com ela. Ademais, são responsáveis por processar as informações recebidas e armazenar as memórias.


 
As emoções de Riley sempre fizeram de tudo para que a menina fosse feliz, todavia, com as transições que estavam acontecendo, eles percebem com muita dificuldade, que o emocional do ser humano pode ser mais complexo do que esperavam.

Durante a narrativa, é possível perceber que Alegria é quem está à frente do comando das emoções na maior do tempo, sendo alternado entre Medo, Raiva e Nojinho.

Se você percebeu que faltou uma emoção frente ao comando das emoções, parabéns, você estava prestando atenção.

A Tristeza (modéstia à parte, minha personagem favorita) é constantemente deixada de lado. Em um dos momentos do longa, Alegria afirma não saber qual a função da tristeza na vida de Riley.


                                     Reprodução: Pinterest

 
 
E assim como no filme, isso acontece da mesma forma na vida real. Se bem que estou com dificuldade de discernir o que é real e o que é fictício. Acho que são efeitos do isolamento. Às vezes, o ser humano sublima suas emoções, afim de passar a ideia de que está tudo bem consigo quando na verdade não está. E isso pode ser prejudicial, considerando que isso pode afetar seu estado de humor e até suas relações sociais.

Infelizmente, os conflitos de emoções estão mais agravados por causada pandemia do novo coronavírus.

A crise ocasionada pela Covid-19, não só infectou milhões de pessoas em todo o mundo, como também tem causado crises financeiras em diversos países, afetando a economia, causando diminuição de renda e desemprego.

As inseguranças geradas pela pandemia, unida ao isolamento social indicado para reduzir o número de contaminados, tem deixado as pessoas mais vulneráveis.

A insegurança diária, o medo da morte e tudo que a pandemia tem imposto têm deixado as pessoas ansiosas, nervosas, confusas, e fazendo com que se distanciem emocionalmente de outras pessoas, deixando-as em um isolamento completo, o que pode afetar diretamente suas emoções.

O que fazer para amenizar os efeitos negativos?

Em Divertida Mente, Riley precisa aprender a lidar com suas frustrações e amadurecer, e o sentimento que possibilita tal coisa é a Tristeza. Não por que ela seja a mais especial, e sim por que todas as emoções são importantes.

As emoções consideradas negativas como a Tristeza e a Raiva, podem despertar coisas boas, uma vez que são capazes de levar as pessoas a refletirem sobre seus erros e seus medos levando-as a grandes transformações. Não quer dizer que seus problemas foram todos resolvidos, mas ao menos encontrou uma forma de superá-los.



No cotidiano, estamos acostumados à nossa rotina, e quando nos deparamos com grandes mudanças nos sentimos frustrados, ansiosos e sem saber o que esperar do futuro.

É desta forma que muitos estão sentindo os impactos da crise do novo coronavírus. Ter que presenciar a contagem do número de contaminados e mortos pela Covid-19, é uma situação desesperadora que nos faz questionar a todo instante como será o futuro a partir deste momento.

A vida poderia imitar a arte nesse sentido e encontrar a solução para este problema.

Infelizmente, a Covid-19 é um problema real e seus impactos também.

Neste momento, para diminuir seus efeitos, é preciso acima de tudo calma e cuidado. Seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e se proteger como puder.

Em relação as emoções, apesar do isolamento social ser a principal forma de evitar a contaminação pelo novo coronavírus, não quer dizer que você tenha que deixar de falar, conviver com outras pessoas, nem que seja ao menos de forma virtual (ou quem sabe por cartas, seria interessante a experiência, não?!).

A questão é que mudanças são inevitáveis. As emoções são camadas que funcionam como um sinal de alerta quando algo não está certo. É preciso dar atenção a estes sinais para que possamos nos conhecer internamente e amadurecer de acordo com a situação experenciada.

Se expressar, se abrir com pessoas mais próximas também é recomendado. Não é vergonha ou tabu admitir que precisa da companhia e atenção de outras pessoas para se sentir bem, e considerando a situação atual vivenciada no mundo inteiro, é bem provável haja muitas pessoas em busca de uma companhia – virtual, por favor, não podemos esquecer o isolamento.

Ainda assim, se você for aquele tipo que tem dificuldades em se abrir com outras pessoas e não está se sentindo bem com suas próprias emoções, não tenha receio em procurar ajuda profissional.

O importante é estar bem da forma que puder nesse momento tão conflitante. Cuide-se e se puder fique em casa.

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