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10/10/2020 às 18h09min - Atualizada em 10/10/2020 às 17h49min

Saúde do pet: primavera exige cuidados extras com animais de estimação

Questões como calor intenso, pólen de plantas, insetos, entre outras características dessa época do ano, devem ser levadas em conta na manutenção da saúde

Larissa Campos - Editado por Ana Paula Cardoso
Um cãozinho de tom caramelo próximo a flores rosas - Imagem por: Simona Kidrič/Pexels
Com a chegada da primavera, caracterizada por flores e altas temperaturas, grande parte da população se sente estimulada a levar seus animais de estimação a passeios. Esse comportamento traz consigo a necessidade de cuidados extras com a saúde e bem-estar dos pets durante essa época do ano.

Segundo Otávio Verlengia, médico-veterinário da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, é nesse período que os animais, principalmente os cães, ficam mais expostos aos pólens expelidos pelas flores, que podem causar alergias. Somado a isso, o aumento da circulação de insetos também pode ocasionar reações alérgicas devido a picadas. “Para identificar processos alérgicos, basta ficar atento a tosses e espirros relacionados ao contato com o pólen. Não é muito comum essas respostas alérgicas, mas podem acontecer com sinais alérgicos na pele, como coceiras e vermelhidão. Também podem aparecer pontos avermelhados e pápulas na pele por conta de picadas de insetos, como carrapatos, pulgas, pernilongos e outros mosquitos de modo geral” destacou.

Além dos insetos e pólen, é importante ficar atento ao calor excessivo, muito recorrente nessa época do ano. Os pets, como cães e gatos, estão mais próximos ao chão do que o ser humano, por isso sentem de forma mais intensa as altas temperaturas do solo, que podem inclusive causar queimaduras nas patas do animal. Dessa forma, Otávio pontua que os passeios devem ocorrer, preferencialmente, no início da manhã ou no começo da noite, dando atenção à oferta de água sempre que o pet apresentar sede. “O calor excessivo é a situação mais grave. Se no passeio o cachorro apresentar língua roxa, respiração muito ofegante e temperatura alta, o ideal é refrescá-lo imediatamente, até mesmo no interior de um veículo com ar condicionado ligado no máximo, até o ambiente ficar bem gelado e dirigir-se a um veterinário” afirmou.

Somados a esses cuidados, o veterinário destaca que a vacinação do animal deve estar em dia, bem como a utilização de preventivos para infestação de pulgas e carrapatos com a devida prescrição de um médico-veterinário.

Intoxicação

As plantas e flores oferecerem também outro perigo: a intoxicação por ingestão, que pode levar o animal a ter problemas graves. Dessa forma, é importante que o tutor esteja atento tanto aos passeios, como ao seu próprio jardim, a fim de que acidentes possam ser evitados.

Alguns exemplos de espécies consideradas tóxicas, muito frequentes em parques e jardins, são a azaleia, o bico-de-papagaio, a comigo-ninguém-pode, o crisântemo, a dama da noite e o lírio.

Tutores

Ingrid Gabriela, dona de uma cadelinha chamada Lua, afirma que procura sempre atender às necessidades de seu pet, que tendem a mudar em diferentes estações do ano. “Na época que apresenta um calor maior, tende a comer bem menos, fica períodos mais longos sem comer, mas aceita petisco, o que já ajuda a manter o peso. Também fica agitada ao extremo, pedindo pra brincar com mais frequência e quer passear por mais tempo, mas mesmo assim, a noite acorda meio agitada. Percebi que fica bastante ofegante, mesmo sem fazer nenhuma atividade” declarou.



Aparecido Barbosa, tutor da Madonna Barbosa, destaca também notar uma mudança no comportamento de sua cachorrinha, que tende a ficar menos ativa em períodos mais quentes como a primavera. “Quando era mais novinha isso não acontecia, mas agora ela fica muito amuada quando está em um nível extremo de temperatura, seja no calor ou no frio. Por isso, sempre deixamos um ventilador e mantemos o local fresco e arejado para ela” afirmou.



Assim como os outros, Ana Paula, dona de Charlotte e Rodolfo, tenta suprir as necessidades de cada estação. “Por exemplo, no inverno eu sempre tento colocar roupinhas nos meus cachorros para aquecer eles, e no verão redobramos os banhos e tosa para tentar amenizar o calor”. No entanto, ela confessa que se atenta mais aos dois extremos: verão e inverno.


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