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18/07/2019 às 23h40min - Atualizada em 18/07/2019 às 23h40min

Conheça os cientistas brasileiros que fazem história

Apesar dos obstáculos, a comunidade científica brasileira conta com cientistas de relevância mundial

Caio Costa - Editado por Thalia Oliveira
Duilia de Mello Foto: Reprodução (AME - Associação Mulher das Estrelas)
Quando o assunto é investimento na ciência, é um consenso que o Brasil está atrás das grandes potências científicas. No entanto, apesar dos obstáculos, a comunidade científica brasileira conta com cientistas de relevância mundial, como o médico sanitarista Carlos Chagas, responsável pela descoberta do protozoário causador da doença de Chagas no final do século XIX e início do século XX.
 
Apesar de instituições nacionais homenagearem grandes estudiosos em suas razões sociais, como a Fundação Oswaldo Cruz que leva o nome de seu fundador, um dos principais cientistas e médico do país. Mas o que preocupa, é o que mostrou uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) divulgada no final de junho, 93% dos jovens brasileiros não sabem informar o nome de algum cientista brasileiro quando questionados.
 
Por isso, listamos alguns dos principais cientistas brasileiros contemporâneos que constroem história da ciência.
 

Niède Guidon
 


 Formada em História Natural pela Universidade de São Paulo (USP), Niède Guidon é uma arqueóloga brasileira conhecida mundialmente por lutar pela comprovação de sua teoria e preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Os achados arqueológicos de Guidon levam a crer que o povoamento do continente americano se deu muito antes do que se acredita. Enquanto a hipótese mais aceita do povoamento das Américas postula que os primeiros humanos chegaram no continente há 15.000 anos, alguns dos sítios arqueológicos de Niède contêm artefatos que datam de até 58.000 anos atrás.
 
Suzana Herculano-Houzel
 

 Neurocientista carioca graduada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana Herculano-Houzel dirige o Laboratório de Neuroanatomia Comparada na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 
Sua maior marca na ciência foi a criação de uma forma de comparar o número de neurônios em cérebros de diferentes animais, usando o que ela chama de “sopa cerebral”.
 
Seu método de dissolução das membranas celulares para fazer uma sopa, que utiliza um simples detergente, destrói as membranas das células, mas deixa os núcleos intactos. Por meio desse método, ela conseguiu, pela primeira vez na história, contar com precisão o número de neurônios do cérebro humano: 86 bilhões. Sua outra descoberta foi uma pesquisa que concluiu, que assar a comida foi o fator que levou os humanos a terem cérebros maiores.

 
Artur Ávila de Melo
 

 
Artur é um matemático brasileiro, também naturalizado francês, foi o primeiro brasileiro a receber a Medalha Fields, considerado o Nobel de sua área — também foi o primeiro latino-americano e lusófono a ganhar a honraria. Ávila é especialista em sistema dinâmicos.
 
Graduou-se na UFRJ e cursou o mestrado e o doutorado em matemática concomitantemente, no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
 
Considerado um prodígio desde a adolescência, em 2005, aos 26 anos, Artur tornou-se conhecido entre os matemáticos por conseguir provar a "Conjectura dos dez martínis", problema proposto em 1980 pelo norte-americano Barry Simon.

 
Duília de Mello
 
                                       
 
Duília de Mello é formada em Astronomia pela UFRJ. É professora e coordenadora do programa Ciência sem Fronteiras na Universidade Católica de Washington, nos EUA, além de trabalhar em alguns projetos da NASA, a agência espacial norte-americana.
 
Duília descobriu e escreveu sobre a supernova 1997D em janeiro de 1997, no Chile. Hoje, ela é uma estrela muito citada por ser a supernova mais fraca já vista até os dias atuais, sendo que a astrônoma a viu praticamente a olho nu. Em conjunto com Claudia Oliveira, em 2008, ela também descobriu as bolhas azuis, estrelas que nascem do lado de fora das galáxias em processo de colisão.
 

Miguel Nicolelis
 
                                       
 
Miguel Nicolelis é um médico e cientista brasileiro graduado pela USP, considerado um dos vinte maiores cientistas em sua área, no começo da década passada pela revista de divulgação para leigos "Scientific American". Nicolelis foi o primeiro cientista a receber no mesmo ano, dois prêmios dos Institutos Nacionais de Saúde estadunidenses e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science.
 
Dentre o vasto trabalho, se destaca a demonstração pública do exoesqueleto controlado pelo cérebro de um paciente paraplégico, na cerimônia de abertura da Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014, colocando a ciência brasileira em evidência mundial.

 
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