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07/07/2020 às 22h03min - Atualizada em 07/07/2020 às 22h03min

ONG na Zona Sul de São Paulo disponibiliza cestas básicas para 4200 famílias

"Incentivados por um sentimento de solidariedade e comunidade presente desde a formação do Jardim Ângela, fez contribuições crescerem muito”, comenta Gestor da ONG

Giovanna - Editado por Babara Honorato
Sociedade Santos Mártires
O Jardim Ângela é um distrito do município de São Paulo, integrado a sub prefeitura do M'Boi Mirim, se desenvolvendo a base de uma expansão desorganizada na década de 70. Em 1996 foi considerado o lugar mais perigoso do mundo, devido a sua alta taxa de criminalidade – 120 assaltos por cem mil habitantes. Essa estatística se justifica pela falta de assistência, drogas e pobreza, ou seja, pela ausência do poder público e políticas de melhorias para a região. Porém, o trabalho de ONGs sempre esteve presente nesta região e são esses trabalhos que, até hoje dão aos jovens novos horizontes, levando educação e cultura. Tendo como filosofia “ser uma chama de esperança para a região”, como disse Carlos Junior – gestor e responsável pela comunicação da ONG Sociedade Santos Mártires, que está atuando nesta região desde 1980, sendo responsável por 22 projetos e atendendo 4200 famílias com cestas básicas, kits de higiene e oferecendo cursos preparatórios.” Vivendo essa experiência por conta própria dos 15 aos 17 anos, fazendo um curso de confeitaria, saí do projeto procurando um emprego, fui convidado para dar aulas mesmo sem experiência, e hoje trabalho aqui há 8 anos, estou possibilitando uma vida melhor a um jovem”, comenta Carlos Junior.

A cultura do Hip Hop é a valorização da comunidade, trazendo atividade e cultura para os cidadãos, e com isso, Luan, um dos coordenadores do coletivo SPClan, relata que se trata de um intuito muito amplo para a comunidade. “Não só um preparatório para o mercado de trabalho, é trazer um olhar de como fazer arte e para a comunidade”, comenta Luan. voltado. Ás atividades oferecidas dispõe de conteúdos para diversos interesses, como: oficina de grafite, workshops voltados ao rap e entre outras. Sendo assim, cada um que passa por intuições (ONGs) ou coletivos, sente mudanças importantes em si mesmo, trabalhando para a formação de cidadãos conscientes de seus deveres e direitos. Enzo Lopes é jovem de 17 anos que passou por um projeto sociocultural, à vista disso, explica que a experiência fez com que o modificasse a sua perspectiva em um âmbito geral. “Abriu os meus horizontes, me fez enxergar as coisas de forma diferente, e melhor, assim como me deixou mais aberto às experiências futuras, pois já me dá uma noção do que eu posso esperar”, relata.

 Quando questionado sobre os investimentos e assistência por parte do governo, Carlos Junior relata que obtém um convênio com as ONGS. “O governo faz um convênio com as ONGs, onde eles enviam verbas para que possam ser realizadas as atividades. Tanto que, 80% da gestão vem disso e os outros 20% vem contribuições. As cestas básicas que eles enviam possuem produtos de baixa qualidade e validade já para esse mês”, diz Carlos.
 Durante a quarentena, muitas pessoas pararam com seus respectivos trabalhos, mas, o trabalho das ONGS permaneceram. “A pandemia apenas evidenciou aquilo que já combatemos, a desigualdade. Fome, acesso limitado a recursos, principalmente tecnologia, permanecem sendo um desafio. Porém, incentivados por um sentimento de solidariedade e comunidade presente desde a formação do Jardim Ângela, fez as contribuições crescerem muito”, analisa.
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