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14/03/2022 às 19h38min - Atualizada em 11/03/2022 às 18h04min

MFW: os desfiles que mais se destacaram na temporada de Outono/Inverno 2022

Uma análise resumida das coleções que mais se destacaram na semana de moda de Milão

Maria Eduarda Soldera - Editado por Flávia Pereira
Foto: Fendi | Reprodução/Instagram (@fendi)

A temporada de Outono Inverno 2022 já passou por Nova York e Londres, agora é a vez da Semana de Moda de Milão. Nessa temporada, que aconteceu entre os dias 22 e 28 de fevereiro, gigantes da moda como Prada, Fendi, Versace e Gucci voltaram a fazer apresentações presenciais. Confira as análises das principais coleções dessa temporada abaixo:
 

 

Fendi
 

Kim Jones, que está no seu segundo ano à frente da direção criativa da Fendi, revisitou os arquivos da marca para criar algo totalmente novo para a maison. É possível observar quase imediatamente referências às coleções de Verão 1986 e de Primavera 2000, todas assinadas por seu antecessor, Karl Lagerfeld. A famosa bolsa baguette da marca, que completa 25 anos esse ano, ganhou uma reedição nessa temporada e não poderia ter vindo em um momento mais oportuno, já que o acessório começou a ganhar sucesso entre a geração Z, que também foi impulsionado pelo reboot de Sex and the City (a bolsa ficou famosa depois da personagem Carry Bradshaw usar na série dos anos 2000). O visual dessa temporada foi marcado pelo equilíbrio entre a fluidez e leveza trazida pelo loungewear, com a rigidez e seriedade das peças de alfaiataria. 

 


 

Prada
 

Para o Outono/Inverno 2022, a dupla Miuccia Prada e Raf Simons decidiu celebrar a história da marca e das mulheres. Para representar isso, a marca fez uma homenagem à profissão modelo, postando ao longo da semana em seu Instagram vídeos caseiros da infância de nove modelos que desfilaram para a marca nessa temporada – como Anok Yai, Kaia Gerber e Kendall Jenner. Intitulada “An Ideology of Prada”, a coleção revisitou a história da marca e reafirmou sua essência. As regatas brancas combinadas com saias midi de tecido leve e transparente parecem ter sido retiradas diretamente de uma coleção da marca dos anos 2000. Já os trench coats de couro e as maxi jaquetas bomber lembram o último desfile masculino da Prada. Os detalhes excêntricos como pelúcias e plumas coloridas nas mangas dos casacos, complexos bordados de flores e penas aplicadas nas jaquetas bomber são alguns dos elementos que Miuccia trouxe para mostrar que a estética da Prada continua viva como nunca.

 


 

Blumarine
 

Nicola Brognano, diretor criativo da Blumarine, resolveu deixar um pouco de lado a estética Y2K que foi responsável por trazer a marca de volta aos holofotes do mundo da moda, mas que já havia se tornado cansativa após quatro coleções com o mesmo tema. Para a temporada de Outono/Inverno 2022 o designer apostou em uma coleção sensual, madura e provocativa. Mini vestidos, longos casacos, macacões em vinil, conjuntos de tricot e peças drapeadas chamaram a atenção durante o desfile. A estética dos anos 2000 ainda pode ser observada nas calças de cintura baixa, tops de borboleta e mini saias com babados, mas de forma menos caricata.

 


 

Versace
 

A coleção de Outono/Inverno 2022 marca o início da nova era da Versace, ou como nas próprias palavras de Donatella: a Versace 2.0. A marca, que já vinha há algumas temporadas investindo na atenção da Geração Z, dessa vez renovou sua imagem para se aproximar desse público. Com uma paleta de cores em tons de preto, vermelho, rosa e verde, junto com um visual punk, Donatella apresentou uma coleção moderna, sexy e extremamente cool. Leggings em latex, corsets, mini saias, peças em tweed, jaquetas puffer volumosas e as famosas plataformas que voltaram repaginadas foram alguns dos protagonistas dessa coleção. Donatella Versace conseguiu mudar o estilo da marca e ainda assim permanecer fiel ao seu DNA.

 

 

Gucci
 

Denominada “Exquisite Gucci”, a nova coleção da maison italiana marca o início da sua mais nova collab, desta vez com a Adidas. Alessandro Michele, diretor criativo da marca, fez referências a diversas eras da casa, com reedições de bolsas clássicas e de peças como o smoking de veludo vermelho do Inverno de 1996 e os casacos de pelo. O designer afirmou que a inspiração da coleção surgiu através de uma foto da Madonna, de 1993, onde ela aparece usando um vestido da Adidas. É possível observar durante toda a coleção a presença das clássicas três listras da Adidas, seja nos acessórios, corsets ou nas peças de alfaiataria – que foram o grande foco da coleção. O designer mesclou a estética clássica da alfaiataria com o estilo esportivo do seu mais novo parceiro, o resultado foi em looks ousados e com a presença da logo das duas marcas.

 


 

Bottega Veneta
 

A estreia de Matthieu Blazy na Bottega Veneta foi um dos momentos mais aguardados da MFW. O designer, que já passou pela Raf Simons, Maison Margiela Artisanal, Celine e Calvin Klein, trabalhava na equipe de Daniel Lee na Bottega. Para a coleção de estreia, Blazy focou em resgatar as raízes da marca e em excelência do trabalho artesanal, resultando em um desfile certeiro e rico de detalhes. O primeiro look, uma regata branca básica combinada com um jeans azul, que na verdade é feito de couro, incorpora, assim como o toda a coleção, a noção de “poder silencioso” dito pelo designer na nota do desfile. O couro de altíssima qualidade também esteve presente nos vestidos, casacos e calças apresentados na coleção, além do clássico intrecciato da Bottega, que Blazy manteve na padronagem original, foi usado nas bolsas e sapatos. 

 

 
 
 

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